sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bruto, grosseiro amante, trate-a gentilmente, embora ela precise mais de você do que te ame


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 Tem chovido muito esses dias, Zé, em todas as direções que eu segui. Espelhos em poças d'água mostraram o retrato de algo que eu não mais conheço. 
 As vezes chove no mundo dos sonhos também, mas por lá a chuva é mais intensa e cada gota tem o tamanho de uma uva. Cada esquina que eu dobro, dobra e cada vez que eu tropeço, atravesso o chão. Mas "para quem não sabe para onde ir, qualquer lugar serve". E por qualquer caminho eu vou, Zé. Numa dessas, a gente acaba se trombando.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Tudo o que você sempre quis era alguém que olhasse verdadeiramente para você. E, a seis palmos sob a água, eu o faço





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 Dói, Zé. Mas eu não sei o quanto realmente dói, porque é algo que me faz lembrar das ondas do mar que se quebram na areia: quando a dor atinge um certo ponto, perto do ápice, ela se esvai e apenas uma calmaria febril se estabelece. Depois se repete e de novo e de novo e de novo...
 O sonho me é claramente uma puta d'uma coisa traiçoeira, com seus dedos compridos e frios deslizando sobre o meu rosto. Sempre rindo da minha insegurança. O começo de Shadowplay sempre surtiu em mim um efeito diferente de tudo. Um desespero acanhado que começa no peito e morre ali mesmo, mas não sem antes me deixar afogar nas profundezas do oceano - onde os sonhos e os desejos se atam as esperanças. Onde as nossas entranhas se transformam na corda que usaremos em nossa própria forca. 

 Hoje choveu. Aqui dentro. O céu estava avermelhado, você pôde ver? Alguns lugares alagaram até transbordar. Parece que eu perdi algumas coisas na enchente, a dúvida foi uma delas. 
 As pequenas coisas te entregam, Zé.